A Casa do Menor São Miguel Arcanjo nasceu para responder à dramática situação de crianças e adolescentes em estado de abandono e para ser presença do amor de Deus Pai e Mãe – como afirmava o Papa João Paulo I – ao lado de quem não é amado. Em 1983, Padre Renato Chiera deparou na garagem de sua casa em Miguel Couto (Nova Iguaçu, Rio de Janeiro), com um garoto, de nome Pirata, que estava sendo caçado pela polícia. Mais tarde, Pirata foi assassinado em frente à casa paroquial onde tinha sido acolhido. Num só mês, trinta seis meninos e meninas tinham sido assassinados naquela paróquia de São Miguel Arcanjo. Um dos adolescentes, marcado para morrer, questionou o padre: “Vocês não fazem nada? Vão nos deixar morrer? “Aquilo que fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, A mim o fizestes” (cf. Mateus 25,40). Essas palavras do Evangelho adquiriram, então, nova luz e força.
Foi para acolher Jesus, presente nos meninos de rua e para viver a palavra de Deus que Padre Renato começou a abrigá-los, inicialmente na casa dele mesmo, depois numa pick-up, na garagem e por último numa sala construída com a ajuda de amigos italianos. Nasceu assim a Casa do Menor São Miguel Arcanjo. Hoje uma “GRANDE-MÃE-COMUNITÁRIA”, que com o amor e o evangelho vivido, resgata vidas e vem se tornando referencia no Brasil e provavelmente no mundo.
Ao redor da Casa do Menor e da causa das crianças desenvolveu-se uma rede de solidariedade nacional e internacional. Muitos descobrem a alegria de salvar vidas e entram nessa aventura de resgate. A Casa do Menor faz a diferença pela sua mística e pela metodologia usada, além da proposta pedagógica de recuperação do ser humano na sua totalidade. O amor a tudo vence e à todos recupera.
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